congelamento de óvulos

Este texto explica tudo o que você precisa saber para tomar sua decisão em relação ao congelamento de óvulos.

A paciente precisa saber que o congelamento de óvulos pode ser uma excelente opção para preservação da fertilidade.

Sabemos que a correria da vida cotidiana, a vida profissional e doenças como a
endometriose e o câncer são alguns dos motivos que levam as mulheres a optar por
uma gravidez mais tardia.

O congelamento de óvulos é uma técnica de reprodução humana assistida que
permite a preservação dos gametas femininos. São estes gametas que utilizamos para
o tratamento de fertilização in vitro.

Congelamento de óvulos e endometriose:

Atualmente, a endometriose é uma doença que pode acometer mulheres em idade
fértil, e ocorre em pelo menos 10% das mulheres brasileiras, destacando-se como uma das principais causas de infertilidade.

Portanto, uma paciente portadora de endometriose precisa saber que o congelamento de óvulos nas mulheres com diagnóstico de endometriose é um dos caminhos mais eficazes e mais utilizados para aumentar as chances de uma gravidez futura.

Entretanto, muitas mulheres só descobrem a endometriose quando decidem tentar
engravidar e não conseguem.

A grande maioria das mulheres pode levar entre 7 a 10 anos para diagnosticar a doença.

Como boa parte das mulheres descobre a doença tardiamente, muitas vezes com
comprometimento importante dos órgãos pélvicos, o congelamento de óvulos para
mulheres com endometriose é uma excelente opção.

O congelamento de óvulos para mulheres com endometriose é frequentemente
recomendado quando a paciente foi diagnosticada com a doença, mas ainda não
querem ser mães por fatores como trabalho e carreira.

Congelamento de óvulos: quando fazer?

Em condições ideais, indica-se que o tratamento seja realizado até os 35 anos. Não
existe uma idade limite, mas sabe-se que talvez não seja possível o congelamento após esta idade.

O congelamento de óvulos para mulheres com endometriose é recomendado para
mulheres até os 37 anos.

Estes fatores sempre devem ser esclarecidos antes de iniciar o tratamento para as
pacientes entenderem as verdadeiras chances de gravidez no futuro.

 

O congelamento de óvulos também está indicado para pacientes oncológicas que irão
realizar quimioterapia ou algum outro tratamento que possa prejudicar a função do
ovário.

Na presença de uma doença oncológica e com indicação de tratamento, deve-se
considerar a possibilidade de preservação da fertilidade através do congelamento de
óvulos.

Sabe-se que o tratamento oncológico com radioterapia e quimioterapia podem
prejudicar a reserva ovariana e a fertilidade da mulher. Após a quimioterapia, a
paciente pode evoluir inclusive, para um quadro de menopausa precoce.

Importante ressaltar que fazemos o congelamento numa idade mais precoce
quando os óvulos ainda apresentam qualidade o suficiente para aumentar o sucesso
da futura fertilização.

É fato que a qualidade dos óvulos costuma diminuir. Portanto, são essenciais a
avaliação e o acompanhamento de um especialista para decidir pelo congelamento
dos óvulos.

Congelamento de óvulos: como é o tratamento?

Inicia-se a avaliação da paciente com uma série de exames que irão avaliar a saúde e
reserva ovariana. Com todos os exames atualizados, pode-se iniciar o processo de
indução da ovulação.

Num ciclo menstrual normal, nosso corpo tem a capacidade de produzir e liberar um
óvulo por mês.

No processo de indução da ovulação para congelamento de óvulos, realiza-se a
estimulação dos ovários para que vários folículos sejam estimulados, produzindo um
maior número de óvulos em um único ciclo.

Portanto, neste processo de estimulação são utilizados medicamentos injetáveis,
chamadas gonadotrofinas. Neste tratamento, utiliza-se injeções subcutâneas
diariamente durante aproximadamente 10 a 12 dias.

Em torno do 12° dia é realizada a coleta dos óvulos. Todo o procedimento é realizado
sob anestesia chamada sedação. Neste momento, realiza-se um ultrassom endovaginal e por meio de uma agulha, os óvulos são coletados.

Todos os óvulos captados são avaliados pelo embriologista. Somente os óvulos
maduros, ou seja, óvulos com capacidade de serem fertilizados serão congelados.

Os óvulos são submetidos ao processo de vitrificação. Eles são colocados em
nitrogênio líquido, substância que reduz a temperatura a 196 graus negativos em
poucos minutos, e então armazenados.

 

A partir deste momento, a mulher pode decidir engravidar, sendo, portanto, os óvulos descongelados para realização da Fertilização in Vitro (FIV).

Entenda a diferença de congelamento embrionário e o que você precisa saber sobre congelamento de óvulos:

É necessário compreender a diferença entre congelar óvulos e embriões.
No congelamento de óvulos, estamos preservando o gameta feminino.

No congelamento de embriões, preserva-se o óvulo já fecundado pelo espermatozoide, através da fertilização in vitro.

Atualmente, as técnicas de congelamento são bastante semelhantes em termos de
resultados. A principal diferença está relacionada a autonomia reprodutiva da
paciente. 

 

No congelamento de óvulos, a fertilização in vitro só será realizada quando a mulher
decidir engravidar.

Congelamento de óvulos: vale a pena?

Este questionamento se o congelamento de óvulos vale a pena deve ser avaliado
individualmente.

É muito importante entender o desejo de cada mulher e entender as chances de
engravidar caso isso seja planejado após os 40 anos de idade.

Porém, a principal vantagem do congelamento de óvulos é que diminui a pressão de
engravidar e ter que correr contra o tempo para conseguir ter um filho.

Portanto, devemos sempre pensar no momento de cada paciente e no seu bem-estar
para realizar este procedimento.

 

 

Agora que você já sabe sobre congelamento de óvulos, agende uma consulta com a Dra. Aline Borges e tire mais dúvidas.

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