Diferenças entre inseminação artificial e fertilização in vitro

Postado em: 21/10/2024

Diferenças entre inseminação artificial e fertilização in vitro


A medicina reprodutiva oferece hoje dois caminhos principais para quem encontra dificuldades de engravidar: a inseminação artificial (ou inseminação intrauterina) e a fertilização in vitro (FIV). Embora ambos sejam tratamentos de reprodução assistida, eles se distinguem em complexidade, indicações clínicas, custos e taxas de sucesso. Entenda cada técnica e saiba qual pode ser a melhor para o seu caso.

 

O que é inseminação artificial?

A inseminação artificial (IA) é um procedimento de baixa complexidade em que os espermatozoides previamente selecionados e “capacitados” em laboratório são depositados diretamente dentro do útero, próximo ao período ovulatório da mulher. A fecundação em si ocorre de forma natural na tuba uterina, assim como numa gravidez espontânea.

Principais etapas resumidas

  • Estimulação leve dos ovários com hormônios por cerca de 10 12 dias;
  • Acompanhamento por ultrassom para escolher o momento ideal da ovulação;
  • Coleta e preparo do sêmen (parceiro ou doador);
  • Introdução do sêmen no útero com um cateter fino, procedimento indolor e sem anestesia;
  • Teste de gravidez aproximadamente duas semanas depois.

Para quem é indicada?

  • Distúrbios ovulatórios leves e tubas uterinas pérvias;
  • Alterações seminais discretas (≥ 5 milhões de espermatozoides móveis);
  • Infertilidade sem causa aparente;
  • Mulheres que desejam produção independente e casais homoafetivos femininos.

O que é fertilização in vitro?

A FIV é considerada um tratamento de alta complexidade. Nela, óvulos são coletados, fertilizados em laboratório (FIV convencional ou via ICSI) e os embriões resultantes são cultivados em incubadoras antes de serem transferidos para o útero.

Resumo das etapas

  • Estimulação ovariana intensiva para obtenção de múltiplos óvulos;
  • Punção transvaginal dos óvulos, realizada sob sedação leve;
  • Fertilização em laboratório e cultivo embrionário de 3 a 7 dias;
  • Transferência embrionária (a fresco ou após congelamento) por meio de cateter fino;
  • Teste de gravidez entre 9 e 12 dias após a transferência.

Para quem é indicada?

  • Obstrução das trompas, laqueadura ou fator tubário grave;
  • Alteração seminal severa ou vasectomia;
  • Endometriose moderada a grave, baixa reserva ovariana ou idade materna avançada;
  • Falhas prévias de inseminação artificial;
  • Casais homoafetivos masculinos (com útero de substituição) ou pacientes sem útero.

Principais diferenças em um olhar

 

Inseminação Artificia

  • Local da fecundação – Tuba uterina (in vivo)                                             
  • Complexidade – Baixa – realizado em consultório                         
  • Indicações – Fatores leves, tubas livres                                     
  • Taxa média de sucesso por ciclo – 10 – 20 % (varia com idade)                                  
  • Custo – Menor investimento inicial                                   
  • Invasividade – Sem anestesia, retorno imediato às atividades
  • Risco de gestação múltipla – Baixo (controle de número de folículos)

Fertilização in Vitro

  • Local da fecundação – Laboratório (in vitro)
  • Complexidade – Alta – requer laboratório especializado
  • Indicações – Fatores moderados a graves, tubas obstruídas
  • Taxa média de sucesso por ciclo – 30 – 55 % (mulheres < 35 anos)
  • Custo – Maior investimento, mas possibilidade de congelar embriões
  • Invasividade – Punção ovariana sob sedação; repouso curto pós procedimento
  • Risco de gestação múltipla – Moderado se mais de um embrião for transferido


Bônus da FIV: permite análise genética pré implantacional e preservação de embriões para futuras gestações.

Como decidir a melhor técnica?

  • Avalie o diagnóstico – Um exame detalhado do casal (ovulatórios, tubários e espermograma) é o primeiro passo.
  • Considere a idade feminina – Acima dos 35 anos, as chances via IA caem rapidamente; FIV costuma oferecer resultados superiores.
  • Pondere o tempo de tentativa – Quem tenta há mais de 3 anos ou após falhas de IA tende a obter melhor custo benefício com a FIV.
  • Analise orçamento e expectativas – IA é mais acessível, mas pode demandar vários ciclos; FIV é mais cara, mas tem maior taxa de sucesso por tentativa.
  • Converse com um especialista – Apenas uma avaliação individualizada determinará a estratégia mais segura e eficiente.

Especialista em Inseminação Artificial

Perguntas frequentes

Quantos ciclos de IA valem a pena antes de partir para a FIV?

Em geral, recomenda se até três tentativas seguidas de inseminação. Na ausência de gravidez, a FIV eleva consideravelmente as chances.

A FIV é garantia de bebê?

Não. Taxas de sucesso variam conforme idade, causa da infertilidade e qualidade do embrião, mas podem chegar a 40 % por ciclo em mulheres jovens.

Posso congelar embriões na IA?

Não. O congelamento embrionário é exclusivo da FIV, um diferencial importante para quem planeja mais de uma gestação.

Considerações Finais

A inseminação artificial é menos invasiva e econômica, ideal para casos simples; a fertilização in vitro, por sua vez, oferece soluções para quadros complexos e maior taxa de sucesso. A escolha deve ser feita junto a um especialista em reprodução humana, considerando exames, histórico e expectativas do casal.

Médica Especialista em Inseminação Artificial

Vamos realizar o seu sonho?


Agende uma avaliação personalizada com a Dra. Aline Borges e descubra qual tratamento se encaixa melhor no seu caso.


Saiba tudo sobre Fertilização in Vitro | Entenda a Inseminação Artificial passo a passo


Fale conosco agora mesmo pelo WhatsApp e dê o primeiro passo rumo à maternidade ou paternidade!


Dra. Aline Borges
Ginecologista especialista em Reprodução Humana

AGENDAMENTO DE CONSULTA OU TELECONSULTA